sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Reaproveitamento de alimentos

Estima-se que 30% da produção mundial de alimentos sejam desperdiçados devido às falhas no sistema de colheita, transporte, armazenagem e comercialização.
No Brasil, aproximadamente 70 mil toneladas de alimentos são jogadas no lixo diariamente, o que torna esse lixo um dos mais ricos do mundo, sendo o Brasil considerado o país do desperdício.
Nós brasileiros perdemos mais de 12 bilhões de reais por ano com o desperdício de alimentos. Os supermercados jogam fora 13 milhões de toneladas de alimentos por ano. Nas feiras livres de São Paulo, mais de mil toneladas vão para o lixo todos os dias.
Segundo o IBGE, o desperdício no consumo doméstico de alimentos chega a 20%.
A forma mais comum de desperdício caseiro é a distorção no uso do alimento. Talos, folhas e cascas são, muitas vezes, mais nutritivos do que a parte dos alimentos que estamos habituados a comer. Um quarto de toda produção nacional de frutas, verduras e legumes não são aproveitados.
Utilizar o alimento em sua totalidade significa mais do que economia. Significa usar os recursos disponíveis sem desperdício, reciclar, respeitar a natureza e alimentar-se bem, com prazer e dignidade.
O desconhecimento dos princípios nutritivos do alimento, bem como o seu não aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares.
O combate ao desperdício pode começar de maneiras bem simples, como através do aproveitamento integral dos alimentos, além do planejamento do que se coloca no prato (para não precisar jogar fora) e da programação do consumidor antes de ir ao supermercado (para comprar apenas o necessário).
É importante a utilização de cascas, talos e folhas, pois o aproveitamento integral dos alimentos, além de diminuir os gastos com alimentação e melhorar a qualidade nutricional do cardápio, reduz o desperdício de alimentos, e torna possível a criação de novas receitas.

O consumidor aproveita apenas 40% dos alimentos vegetais, pois a princípio, as pessoas não vêem com bons olhos o uso de talos e cascas, porém, segundo a prática de nutricionistas do programa “Alimente-se Bem com R$ 1,00” do SESI-SP, conforme as pessoas vão aprendendo receitas criativas com esses ingredientes, entusiasmam-se com a economia e tornam-se multiplicadores da idéia.
Portanto, melhor sobrar do que faltar? Nem um, nem outro! O importante, como sempre, é o equilíbrio. Saber utilizar todas as partes dos alimentos contribui para que, principalmente, não sobre comida para uns e falte para outros.   


Fonte:Camila Badawi - Estagiária curricular em marketing da NUTROCIÊNCIA ASSESSORIA EM NUTROLOGIA. Acadêmica de Nutrição da FSP – USP - www.nutrociencia.com.br

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